Ontem, dia 21 de março de 2009, tive o prazer de realizar uma palestra sobre música e saúde no auditório Gaó no Conservatório Musical de Salto.
Mais do que do tema que apresentei, falo do conhecimento que surgiu no debate deste assunto num público composto por músicos, educadores, estudantes de músicas,psicólogos, musicoterapeutas, estudantes de terapia ocupacional e médicos que estiveram presente na palestra. No debate das idéias apresentadas surgiram colocações sensíveis de como o estudo da música pode ajudar na cura de uma depressão ou um ritmo musical como o samba pode resgatar uma pessoa com demência de Alzheimer da apatia. Uma fala feita pela minha esposa Francine me tocou muito, "a escola no ensino fundamental fecha a porta para música". uma participação muito pertinente foi da pianista e professora Elizabeth Milanez que falou de um método que desenvolve em que pede para o aluno conversar ao mesmo tempo que toca o piano e que isso melhora sua atenção e desempenho, ela falou também dos excelentes resultados que atingiu ao dar aula para uma aluna que era portadora de ?arkinson. Percebi um interesse muito grande dos músicos em como a música funciona no cérebro. Uma pergunta que surgiu para mim e para os educadores é como a música pode auxiliar na aprendizagem, na saúde, o que a música ensina para o nosso cérebro...
Existiu um interesse muito grande em um tema que achei que ia passar desapercebido, o ouvido absoluto. Os músicos e professores de música ficaram interessados em como se descobre que uma pessoa tem ouvido absoluto e o que fazer ao descobrir isso em um aluno. Debatemos também sobre a importância da educação sensível que busca desenvolver os sentidos humanos. Outro tema foi o do uso da música como recurso terapêutico em doenças como Parkinson e Alzheimer.
Gostaria de salientar a participação dos meus colegas de aula do primeiro ano de música do conservatório de Salto e dos alunos do curso de terapia ocupacional do Unianchieta de Jundiaí que lotaram uma van para vir até Salto.
Acredito que os alunos do Unianchieta tiveram a oportunidade de presenciar uma verdadeira discussão interdisciplinar que uniu arte, ciência e educação.
Agradeço o convite do Marco Antonio de Paula Leite e da diretora do conservatório Valéria Malimpensa e posso dizer que foi uma experiência emocionante debater sobre música, saúde e educação numa manhã de sábado no conservatório municipal de Salto.
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